Não
é loucura dizer que o GP da Alemanha foi o melhor da temporada, talvez ele seja
um dos melhores dos últimos anos. A combinação de uma pista em que as três
principais equipes andaram muito próximas durante todo o fim de semana, junto
com as quebras das Ferraris, que largaram do meio e do fim do grid, finalizando
com um tempo totalmente imprevisível fizeram da corrida em Hockenheim um prato
perfeito para os fãs de automobilismo!
O
que vimos no último domingo na Alemanha parecia um perfeito roteiro de filme.
Logo no início da prova, experimentamos uma novidade, que foi a largada parada
após voltas de apresentação atrás do Safety Car (antigamente, a largada nessas
condições era em movimento). Assim, tivemos um início de prova ainda mais
movimentado, contando com uma excelente largada de Kimi Räikkönen e uma péssima
de Max Verstappen. A partir daí, foi uma prova totalmente atípica, com uma
chuva que ia e voltava como um fator extra.
Rodadas,
abandonos, várias entradas de Safety Car, uma curva 17 que parecia coberta de
sabão e até 6 pitstops por piloto foi o que ditou as 64 voltas do GP da
Alemanha, deixando até os menos fanáticos com os olhos ligados na transmissão.
No fim, a vitória do jovem holandês Max Verstappen foi uma coroação à prova e à
temporada que o piloto de 21 anos está fazendo. Além disso, o segundo lugar de
Sebastian Vettel em casa, após o abandono do ano passado e após ter largado em
último, teve o sabor de uma grande vitória. Para completar o pódio, Daniil
Kvyat, depois de um contestado retorno à categoria após um “rebaixamento” e uma
demissão, mostrou que está em sua melhor forma, garantindo o segundo pódio da
história da Toro Rosso. Além disso, foi a primeira vez que dois carros com
motor Honda chegaram ao pódio desde o GP de Portugal de 1992. Se já não
faltavam surpresas na prova, horas após a bandeirada foi confirmada uma punição
para os dois carros da Alfa Romeo, elevando Robert Kubica da Williams para o
10º lugar, marcando o primeiro ponto da equipe no ano.
Se
a Fórmula 1 estava cercada de desconfiança, essas últimas três corridas foram o
que a categoria precisava para se reerguer. O fator imprevisibilidade voltou a
aparecer e a Mercedes não possui mais um domínio tão absoluto. Faltando apenas
mais uma corrida antes das férias de verão, cria-se a expectativa de como será
a segunda parte da temporada. Não acredito que alguém ainda possa tirar o
título do Hamilton ou igualar o desempenho da Mercedes, mas já foi provado que
podemos ter boas corridas até o fim do ano, trazendo um maior ânimo até àqueles
que tinham desistido da categoria.
Por
fim, não poderia deixar passar em branco o espetáculo que a torcida fez em
Hockenheim, mesmo com a chuva. Os tradicionais torcedores de Ferrari e Mercedes
tiveram a forte companhia da onda laranja holandesa, que aumenta ainda mais a
cada prova. Contudo, é uma pena saber que o circuito corre sérios riscos de
ficar de fora do calendário do próximo ano, já que ainda não existe acordo para
renovação do contrato. Nos resta torcer para que mais corridas como a de ontem
renovem a confiança dos fãs e dos organizadores na categoria.
Por: Fabricio Cavalcanti @mundof1brasil
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